quarta-feira, 30 de novembro de 2011

RESULTADO PESQUISA MERCADO IMOBILIÁRIO EM SETEMBRO

Secovi-SP divulga Pesquisa do Mercado Imobiliário de Setembro


Secovi-SP - 
Volume comercializado cresceu e superou o total lançado no mês. Imóveis de 2 dormitórios mantiveram a liderança nas vendas

O mercado de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo fechou o terceiro trimestre confirmando o retorno à normalidade no ritmo de vendas. Passou a fase de euforia de crescimento exuberante percebida em 2010, na opinião do economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci.
A Pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada mensalmente pelo Secovi-SP, mostra que o total comercializado em setembro atingiu 3.237 unidades, com aumento de 44,9% diante de agosto (2.234 unidades) e de 16,2% em relação a igual mês de 2010 (2.785 unidades).
O total de imóveis negociados no mês superou a quantidade de lançamentos, que, segundo levantamento da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio), foi de 2.739 unidades. Celso Petrucci acredita que ainda é cedo para considerar uma possível mudança na tendência de reposição de oferta na cidade.
De acordo com o Departamento de Economia e Estatística do Sindicato, responsável pela pesquisa, o indicador VSO (Vendas sobre Oferta) foi de 18,7%, contra 13,3% de agosto e 26,4% de setembro do ano passado. Também conhecido por “Velocidade de Vendas”, designação anterior à revisão da metodologia de 2003/2004, o indicador é obtido por meio da divisão do total de vendas em unidades no mês e a oferta do período (estoque remanescente somado aos lançamentos).
Em setembro, 86,4% das vendas (2.797 unidades) ocorreram durante a fase de Lançamento, correspondente aos primeiros seis meses a partir do momento em que o produto é colocado no mercado. O volume vendido foi 56,8% superior ao observado em agosto, que registrou 1.784 vendas nessa fase. O VSO do período ficou em 26%.
Segmentação – Em termos de perfil por tipo de dormitórios, os imóveis de 2 quartos mantiveram a liderança, com 52% das vendas de setembro (1.684 unidades). O nicho de 1 dormitório ocupou a segunda colocação, com 763 unidades e 23,6% do total escoado no mês. “É provável que o desempenho seja reflexo da venda de volume considerável de lançamentos de 1 dormitório em agosto. Talvez seja um fato pontual, mas que demonstrou retorno por parte da demanda”, comenta Petrucci.
Considerando a área útil de unidades comercializadas, metade do total negociado em setembro (1.636 unidades e 50,5%) possuía área útil média no intervalo de 46 metros quadrados a 65 metros quadrados.
Lançamentos – De acordo com a Embraesp, as 2.739 unidades lançadas no mês ficaram 25,7% abaixo do volume apurado em agosto (3.687 imóveis) e 9,4% inferiores ao total colocado em oferta em setembro do ano passado.
REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO
O total de imóveis novos residenciais vendidos em setembro na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) foi de 4.440 unidades, 12,5% inferior às vendas de agosto (5.072 unidades). Em comparação com o nono mês de 2010 (4.723 unidades), houve variação de – 6%.
Esses números contemplam os resultados apurados nas 39 cidades que compõem a RMSP, incluindo a Capital, que participou com 72,9% do total vendido na região.
RESULTADOS ACUMULADOS NO TERCEIRO TRIMESTRE
Cidade de São Paulo
De janeiro a setembro, foram comercializados 19.873 imóveis na Capital, 19,2% abaixo do total registrado nos nove meses do ano passado (24.605 unidades).
 
“O relevante é a tendência de redução da diferença percentual do total de unidades comercializadas neste ano e em igual período de 2010”, observa o economista-chefe. “Vale lembrar que, de janeiro a agosto, a diferença era de 23,8% e que, no fechamento do primeiro trimestre, o ‘gap’ das vendas foi da ordem de 50%”, complementa.
CONSIDERAÇÕES
Segundo Petrucci, os resultados ao final do terceiro trimestre deste ano indicam que ficou no passado a fase de euforia no mercado (com empreendimentos negociados em poucos meses ou em alguns dias). Ele afirma que é consenso no mercado que o setor está saudável, mas atingiu um patamar de normalidade: aquele no qual ‘sucesso’ significa cerca de 40% do empreendimento vendido no período de lançamento e previsão de venda da quase totalidade em um ano.
Em âmbito internacional, o contexto é de incertezas econômicas, com a perspectiva de desdobramento da crise que atinge vários “países da comunidade do Euro”, principalmente a Europa mediterrânea – que se soma a um mundo fragilizado economicamente diante da crise financeira de 2008.
Nesse cenário, com a tendência de recuperação gradual da venda de imóveis no acumulado de 2011, em comparação com períodos idênticos de 2010 (ano de forte crescimento da economia), há espaço para concretizar, com reservas, a estimativa de fechamento para o ano. O total vendido tende a ser inferior ao do ano passado (entre 9% a 14%) e o volume de lançamentos deve se manter estável.

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